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Formada em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, com especialização em Administração pela FIA-USP e MBA em Gestão da Saúde pelo INSPER e Coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching e Universidade de Ohio

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Torrente de vaidades! E agora?

O ser humano é carente de reconhecimento por sua própria natureza. Saber que nosso esforço valeu a pena e ver que os demais enxergam isso em nós é sempre motivo de satisfação.

Por outro lado, um ponto que difere o homem dos demais seres é a sua capacidade racional e, portanto, de construir uma visão crítica a respeito do que se vivencia.

Equilibrar estas características é por si só um grande desafio. Esse é o ponto em que devemos refletir quando avaliamos esta questão em nós mesmos: descobrir a mola propulsora desta necessidade de reconhecimento e qual ponto do nosso julgamento ela toca.

O que quero dizer é que sempre que sentimos necessidade de reconhecimento é porque nos julgamos merecedores e julgar ser merecer algo, seja de bom ou de ruim, está intimamente ligado aos nossos valores e expectativas.

Por isso a expectativa de reconhecimento pode variar entre as pessoas. Algumas, entretanto, não só têm necessidade de serem reconhecidas, mas preponderantemente de serem admiradas.

Estas pessoas trazem consigo o mastro da vaidade, pendendo à sua frente e, via de regra, mostram uma imagem por vezes muito diferente do que realmente são ou sentem, desenhada por elas próprias para serem tão somente admiradas.

Lidar com a vaidade não é questão fácil e o ambiente organizacional é um dos locais mais férteis neste quesito. Quando são líderes então, a coisa fica mais delicada ainda.

Líderes vaidosos habitualmente utilizam-se de sua posição e valorizam o poder. Têm um perfil amedrontador e pouco compromisso com erros cometidos por sua equipe. É aquele que sempre alega não ter "sido informado" sobre as coisas. Sua orientação no espaço é caracterizada por estar sempre acima e fora do "círculo" do trabalho, como uma entidade onisciente a quem se deve subserviência. 

Por vezes escondem traços de insegurança devido à sua superficialidade nos processos, mas são excelentes "vendedores", com enorme capacidade de aparentarem ser bons samaritanos. Sabem ordenar mas não conseguem delegar. "Delargam".

Embora nem sempre atinjam os resultados esperados na execução ou liderança de projetos, sempre é por culpa algo ou alguém que se "atravessou" em seu caminho ou por uma ordem sua não cumprida.

E não se atreva a criticar um líder vaidoso.

Pergunte sempre se a maneira como você está pensando é adequada ou não e porquê. Se realmente "ele" não tiver considerado estas questões tomará novas decisões com base em suas "próprias" reflexões.
Se as "sugestões" vierem de uma "estrela" similar, há alguma chance de atribuir-lhe o mérito, embora tenha aprimorado a questão.

Comumente, organizações permeadas por este perfil de profissional, tendem a ter sérios problemas de comunicação interna. As equipes vivem se "batendo" num cabo de guerra desenfreado e convivendo com informações contraditórias, num clima de competitividade negativa.


Alguns gestores se utilizam desta torrente de vaidades corporativas utilizando a gestão por conflito, acirrando ainda mais os ânimos, colocando os "galos para brigar". Além de demonstrar imaturidade na condução da questão, reforçam a hostilidade.


O que fazer num ambiente hostil como este visto que não podemos mudar variáveis fora de nosso controle?

Um bom princípio é observar para identificar onde estão os conflitos. Outro passo é buscar gerir usando de relacionamento para chegar a um senso comum que atenda às necessidades esperadas. Busque resultados e deixe os louros para os "Césares"! E lembre-se: este é um estágio evolutivo.

Afinal, o que você pretende? Que as coisas dêem certo ou pretende ter razão?

Grande abraço!

                                                                                                                                                                                                                               


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